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Depressão: vamos falar sobre isso?

Depressão: vamos falar sobre isso?
Graziela Cirino Cabral
jun. 5 - 5 min de leitura
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Depois de falar sobre saúde mental, ansiedade, síndrome de Burnout e rede de apoio, chegou a hora de deixar a vergonha de lado e conversar sobre a depressão. Vamos lá?

Não é frescura, nem preguiça! Depressão é uma doença séria e falar sobre o tema também se faz necessário. O depoimento de influenciadores como Whindersson Nunes, PC Siqueira, Caue Moura e outras celebridades como Padre Fábio de Melo, Selton Mello, Paula Fernandes, entre outros tantos, mostram que há caminhos e esperança na superação da doença.

O diagnóstico da depressão não é fácil e envolve uma complexidade de fatores de ordem genética, bioquímica cerebral e situações da vida. Questões hormonais, histórico familiar, dependência de álcool e drogas, traumas psicológicos, desequilíbrio na produção de neurotransmissores pelos neurônios… Enfim, uma infinidade de causas internas e externas podem estar envolvidas na doença. 

Por isso, na maioria das vezes, o tratamento envolve uma combinação de medicamentos e psicoterapia. Medicamentos que nesse momento serão bem-vindos para ajudar na regulação da atividade cerebral, tão necessário como um remédio de controle de pressão. E a psicoterapia para ajudar na aceitação da doença e a lidar com todos os sentimentos provenientes dela, bem como seus motivos.

Muitas pessoas relatam que a depressão é como o período em que se vive num deserto, com um profundo sentimento de tristeza e solidão, uma travessia árida e sem esperança do fim. Tá, mas será que todo sentimento de tristeza é depressão?  Não, e essa distinção é importante para não cairmos no erro de achar que os sentimentos “negativos” são patológicos e que não deveriam ser experienciados. 

Sentir-se triste é natural e saudável, pois a vida não é feita somente de momentos de alegria. No decorrer da nossa história nos deparamos com perdas, problemas de relacionamento, conflitos, dificuldades... ou seja, situações em que é coerente a tristeza diante da situação vivida. Não devemos temê-la e nem reprimi-la, pois ela é essencial no processo de enfrentamento e elaboração da dor. 

Isso vai na contramão do que vemos nas redes sociais, um culto a vida perfeita e felicidade plena, mensagens tão irreais que estudos realizados pelas Universidades de Berlim, Cambridge e Real Sociedade de Saúde Pública do Reino Unido, que apontaram o Instagram como a rede com mais usuários propensos a risco à saúde mental, pelos casos de depressão associados ao uso excessivo da plataforma. Inclusive, muitos influenciadores já falaram abertamente sobre isso, como vemos no vídeo a seguir:

Na minha experiência como psicoterapeuta, vejo o sentimento de culpa muito presente nas pessoas que sofrem com a depressão, seja por não darem mais conta da rotina, pela falta de vontade de sair de casa, por não encontrar o motivo de tanta tristeza ou a sensação de ter se tornado um peso para si e para as pessoas próximas. 

Já para as pessoas que convivem com quem está com depressão, lidar com o humor depressivo também provoca sofrimento, pela dificuldade de lidar com o pessimismo sobre tudo, pela apatia e por julgar a aparente falta de vontade de lutar contra a doença. A depressão muda a rotina e a dinâmica de toda uma casa e família. No enfrentamento da doença é preciso cuidado, tempo e paciência.

Pessoas nessa condição precisam de menos julgamento e mais empatia, pois a doença é séria e real. 

Quando antes procurar por ajuda profissional, melhor a retomada na qualidade de vida, pois o tratamento leva tempo e, quando envolve medicação,  é preciso paciência para a ação no organismo, regulação da dosagem e análise dos efeitos colaterais.

A depressão é uma doença séria e ainda muito incompreendida, só quem já teve ou conviveu com uma pessoa com a doença consegue ter a dimensão do quão comprometida fica a vida de quem está doente e das pessoas que estão a sua volta. 

Para os que convivem com uma pessoa que está enfrentando a depressão, lembre-se: existe algo que não está em pleno funcionamento e isso compromete a visão de vida e do mundo que a pessoa tem naquele momento. Escutá-la e dar apoio pode ser a melhor atitude. 

Um beijo e até a próxima!

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato comigo: grazi.squidit@gmail.com

Atenção: Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Telefone de contato: 188. Site: https://www.cvv.org.br/.

*Créditos da imagem: Giphy


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